Campanha
de Oração e Estudo da Palavra de Deus
Combatendo a Divisão
Por Pr. Patrick D. Vale Ribeiro
Ministério
Fontes no Vale
Igreja
Presbiteriana Renovada de Taiobeiras MG
Está é a quinta mensagem da série de estudos
Combatendo a divisão Acompanhe pelo nosso blog. ministeriofontesnovale.blogspot.com.br.
Mensagem V: O
COMBATE FINAL- A Rebelião escancarada
1 E CORÉ, filho de Jizar, filho de Coate, filho
de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de
Pelete, filhos de Rúben. 2 E levantaram-se perante Moisés com duzentos e
cinqüenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, chamados à
assembléia, homens de posição, 3 E se
congregaram contra Moisés e contra Arão, e lhes disseram: Basta-vos, pois que
toda a Congregação é santa, todos são santos, e o SENHOR está no meio deles; por
que, pois, vos elevais sobre a congregação do SENHOR? (Números 16.1-3)
Introdução
Ela meus
queridos chegamos a última mensagem da nossa série de cinco
da Campanha Combatendo o espírito de Divisão, hoje trataremos de ponto ápice de
todos aqueles que possuem o espírito de divisão que é a rebelião aberta ou
escancarada.
É
fato o que a
bíblia ensina acerca das coisas encobertas quando diz: "...não os temais; porque nada
há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de
saber-se."
(Mateus 10 : 26). Então por isso que quem começa ter um espírito independente
e passando pelos demais outros estágios rapidinho chega a este, pois o próprio
Deus não permitirá que nenhuma rebelião permaneça ocultamente por muito tempo.
Conhecendo o
contexto
No
texto de hoje traremos talvez da mais impactante revolta ou rebelião que
falamos durante está série de estudos esta é conhecida popularmente como a
rebelião de Corá, Datã e Abirão.
Porém
perceberemos que embora estes fossem os mentores desta rebelião, ela não
aconteceu apenas com eles, envolveram mais pessoas que infelizmente pagaram um preço
altíssimo pelo seu engano.
Como sabemos Deus
havia escolhido os irmãos Moisés e Arão para conduzir o povo pelo Deserto, rumo
à terra prometida, Moisés o libertador do povo no Egito era responsável pela
autoridade política e Judicial de toda nação, pois tratava de “negociar” com
Deus das provisões para o povo livramentos e orientação quanto as decisões a
serem tomadas, percurso a ser trilhado e atitude diante das queixas e
murmurações do povo, e Arão era responsável pelo sistema religioso quanto o
ascender do incensário e apresentar incenso agradável ao Senhor como meio de
Adoração e também como expiação do pecado povo ou da nação.
Em Êx. 30.34-38 O Deus dá ordem a
Moisés sobre esta prática. Disse mais o Senhor a Moisés: Toma especiarias
aromáticas, estoraque, e onicha, e gálbano; estas especiarias aromáticas e o
incenso puro, em igual proporção; E disto farás incenso, um perfume segundo a
arte do perfumista, temperado, puro e santo; E uma parte dele moerás, e porás
diante do testemunho, na tenda da congregação, onde eu virei a ti; coisa
santíssima vos será. Porém o incenso que fareis conforme essa composição, não o
fareis para vós mesmos; santo será para o Senhor.O homem que fizer tal como
este para cheirar, será extirpado do seu povo."
A
Palavra Incenso em hebraico é LAVAN (branco, puro); e o Lavan (Incenso puro), é
adquirido da resina de uma árvore. Os outros elementos citados são na verdade
composição de outros 10 elementos, que com o Lavan, totalizam 11 elementos
usados para fazer O Incenso.
Outra característica muito
curiosa é que dos elementos todos, um há cujo odor é muito ruim, mas,
misturado aos demais, não é percebido. Outra ainda: Quando o incenso era feito
da maneira correta, ao ser queimado, produzia uma fumaça, que subia como
uma coluna. Se enventualmente algo de errado tivesse ocorrido durante a
preparação do mesmo, a fumaça acabava se desmanchando... Não subia.
Todos estes elementos precisam (COMO DIZ A
FÓRMULA), serem em partes iguais, reduzidos a pó. Não há que haver um destaque
entre todos. Todos estes elementos precisavam ser juntados ao INCENSO (LAVAN).
Depois de tudo feito, o resultado era: LAVAN[1].
A motivação da revolta
Após várias murmurações do povo de Israel no deserto por
comida, água e até mesmo por ter Moisés se casado novamente, chegara à hora de
reclamar a cerca da autoridade que o próprio Deus havia o concedido como líder
e ao seu irmão como sacerdote.
Corá visionando por ser um levita o lugar de Arão
como sacerdote, Datã e Abirão visionando o cargo de Moisés para serem líderes
civis. Em que se unem a de 250 líderes das congregações para realizar suposta
reivindicação com a principal queixa de que Moisés e Arão estavam querendo se
exaltar sobre eles de maneira arbitrária sem o consentimento da parte do
Senhor.
Meditas contra a rebelião
Diante disto não restou nada mais para Moisés
fazer se não que tomassem atitudes diante do fato ocorrido.
1. Dividiu
a resolução em duas etapas
a.
Resolveu parte
Religiosa (v.4; 5ª)
4 Quando Moisés ouviu
isso, caiu sobre o seu rosto. 5 E falou
a Coré e a toda a sua congregação,
Como já mencionamos Corá estava focado em uma prerrogativa
Sacerdotal e influenciou uma facção dos levitas para questionarem sobre isso.
·
Reunirão os mentores e os aliados envolvidos para provar o direito de
Arão sobre o sacerdócio (v.5-7)
·
Depois os repreende por não valorizarem os seus “cargos” como de levitas
(v.8-11).
Precisamos
aprender que na obra de Deus não existem cargos ou posições ou ministérios
maiores, melhores ou mais importantes do que outros. Existem apenas servos que
trabalham para o Senhor naquilo que Ele nos chamou para servi e que todos sem exceção
são importantes e cooperam para o bom funcionamento do corpo de Cristo, ao qual
Ele é o cabeça.
b. Em seguida
chamou Datã e Abirão, mas estes não quiseram ir. (v.12)
E Moisés mandou chamar a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe;
porém eles disseram: Não subiremos;
·
Além de não quererem
ir eles também questionaram:
a.
Acusou
Moisés de errar o caminho para terra prometida afastando-se dela voltando para
o deserto (v.13);
b.
Acusou-o
de insucesso para entrar na terra prometida (v.14)
Aplicar
um padrão secular de sucesso a um líder espiritual é não saber compreender
direito o que é ser líder, pois o líder espiritual de sucesso é alguém que segue
liderança divina e não os conselhos do homem.
2. Não deixou sua relação com Deus se abalar, intensificou seu diálogo com
Deus. (v.15)
a. Não
permita que a ira e a dor da calúnia seja uma barreira no seu relacionamento
com Deus.
Ser acusado injustamente de algo que não fez doe
muito sabemos disso, acredito que toda liderança que o Senhor levanta sobre sua
igreja se já não foi caluniada com certeza isso esta perto de acontecer.
Então a
melhor coisa a se fazer é não perder a intimidade com Deus por causa disso, continue
orando porque o Senhor sempre confirmará a verdade diante de seus caluniadores.
b. Nunca
responda aos caluniares no momento de sua ira, apresente a calúnia e a sua
defesa ao Senhor.
Moisés no momento que se ver caluniado, não parte para cima dos seus
caluniadores para jogarem indiretas ou tentar se auto-justificar, pelo
contrário ele faz isso para o Senhor, por acreditar na verdadeira justiça vinda
dos seus.
3. Não deixou de interceder por aqueles que os acusavam (Vs .43-50)
Deus nestes dias tem
ministrado em meu coração um princípio poderoso que é o de amor incondicional,
amar mesmo aqueles que nos calunia, nos persegue, ou até mesmo querem o nosso
mal.
Diante das punições do Senhor ao povo a prontidão de Moises e
Arão em orar por eles faz um grande link com as palavras de Jesus que diz:
"Eu, porém,
vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos
que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais
filhos do vosso Pai que está nos céus;"
(Mateus 5 : 44)
Apostolo Paulo também diz:
"Abençoai
aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis." (Romanos 12: 14)
Nunca queiram retribuir mal
por mal, pois quem entende que tem chamado, saberá viver em amor.
4. Confrontou (v.16-19)
“A correção ministrada a nós diante das nossas folhas é um dos
princípios mais significativos na demonstração do amor incondicional”
A palavra confronto significa encontro
“face-a-face”, quando duas pessoas ou mais se encontram em um determinado local
para resolverem, discutirem ou até mesmo debaterem idéias sobre algum assunto
em comum.
Infelizmente ao decorrer do
tempo muitos de nossos líderes não tem praticado este método de resolução em
nossas igrejas pelo medo de se exporem ou expor outros a certo constrangimento.
Realmente não bom, melhor se isso nunca viesse a ser necessário no ambiente
espiritual de nossas igrejas.
Porém como muitas vezes surgem boatos,
fofocas, palavras distorcidas ou entendidas de maneira errada durante os
diálogos entre irmãos de um determinado grupo ou até mesmo da igreja toda, a
aplicação do confronto entre as partes envolvidas é fundamental para extirpar quaisquer
tipos de controvérsia que coloque em risco a unidade e o desenvolvimento
espiritual do corpo de Cristo
Assim este tipo de confronto
não será um momento de guerra, briga ou algo do tipo, e sim uma ferramenta de
análise de onde surgiu tal conversa, qual o contexto e objetivo dela e assim
resolver maus entendidos. Então não existirá meio mais eficaz de tratar estes
tipos de situação se não for pelo o meio do confronto assim como fez Moises.
I.
O confronto deu-se em dois lugares.
ü Na tenda da congregação (Vs. 18-24, 35); A tenda podemos dizer que simboliza a igreja como todo,
representando presença de todos os
envolvidos.
ü Nas tendas individuais dos líderes da rebelião (Vs. 25-34), este pode simbolizar o ministério de cada um dos envolvidos.
II.
Utilidade do Confronto
a.
O confronto serve DESCOBRIR
(v.20-22)
Mesmo que deste o início os rebeldes já
havia se prontificado e revelar que eram e o que queriam, o confronto foi um
meio d saber realmente que estava do lado deles ou do lado de Moisés e Arão.
b.
O confronto serve SEPARAR
(V.23-27)
Quando falamos de separação estamos também
falando a cerca de santificação do povo, Moises insistiu ao Senhor para que os
justos pagassem pelos os injustos. Pois Deus não dá o culpado por inocente e não inocenta o culpado.
c.
O confronto serve para TESTIFICAR.
(v.28)
Deus usa o confrontar para confirmar o ministério de seus
escolhidos, assim como fizera com Arão e Mirian quando se levantaram contra
Moisés em Nm 12.1-16
d.
O confronto serve para PUNIR
·
Punição
inédita, a terra engoliu os rebeldes e suas famílias (v.28-33)
Interessante perceber que os filhos de corá não morreram (Nm. 26.11),
provavelmente não acompanharam o pai no plano rebelde, porém todos das famílias
dos demais faleceram.
·
Com o
fogo, desceu fogo do céu (v.35)
35
Então saiu fogo do SENHOR, e consumiu os duzentos e cinqüenta homens que
ofereciam o incenso.
A prova pelo fogo, quais homens
o Senhor aceitaria como seus sacerdotes no santo tabernaculo. Os 250 homens
aliados a Corá compareceram para desafiar Moises e Arão a porta da tenda da
congregação, aqueles que ousaram apresentar ao Senhor como sacerdotes com fogo
em seus incensários, foram consumidos com o próprio fogo do Senhor.
·
Com
praga (Vs. 49-50)
49 E os que morreram daquela praga foram catorze
mil e setecentos, fora os que morreram pela causa de Coré. 50 E voltou Arão a Moisés à porta da tenda da
congregação; e cessou a praga.
Mesmo diante das
punições aplicadas à Corá, Datã e Abirão e todos 250 sacerdotes, o povo não
aprendera a lição, no dia seguinte culparam Moisés pela correção do Senhor,
pelo que Deus tomou a iniciativa e enviou uma praga que só cessou com a
intercessão das duas vítimas Moises e Arão.
e.
O confronto serve para produzir
TEMOR (v.34)
E todo o Israel,
que estava ao redor deles, fugiu ao clamor deles; porque diziam: Para que não
nos trague a terra também a nós.
Todo princípio de correção além de tratar problemas serve
para que outros não o voltem a fazer, infelizmente o povo não respeitou este
princípio como vemos nos versos 41-50.
Resultados da Rebelião
Assim podemos perceber ao final
desta campanha que todos que se rebelião com quais quer autoridade esta
cometendo.
Pecado
contra Deus
Pecado
contra si mesmo (v.38)
Punição
dos rebeldes
Afirmação
do chamado do escolhido do Senhor
Conclusão
Precisamos perceber que em todas as instâncias das
lideranças eclesiásticas o processo de tratamento e combate ao espírito de
Divisão precisa ser sempre ativo, pois todos em algum momento de sua vida irá
ser tentado a querer aquilo que não é dele ou a tomar posse daquilo que não
pertence ou de antecipar aquilo que ainda não está no tempo certo de acontecer.
Viver na dependência do propósito e da
vontade de Deus e em submissão a isso é ter imunidade contra quaisquer cobiça
que nossa carne ou o diabo possa tentar trazer ao nosso coração.
Deus sempre levantou e usou homens para
cuidar de homens, mesmo diante de falhas delas, e também sempre derrubou aqueles que se perderam do propósito e de Sua
vontade.
Entender que o mesmo que levanta e o
mesmo que abate, nos leva a confiar de que não preciso tomar partido, rebelar
para que isso aconteça, pois Ele o Senhor dono da igreja ao qual comprastes com
o seu precioso sangue, cuidará de fazer isso cabendo a mim acatar, orar e
esperar em sua vontade.
Espero que estas cinco mensagens possa
ter contribuído para o seu ministério. Deus os abençoe em Cristo Jesus o verdadeiro
administrador e dono da igreja.
Veja Mais:
Veja Mensagem III: combatendo o espírito passivo e
crítico (Ne 2.11-20),
Mensagem IV combatendo o espírito político enganoso (II
Sm 15.1-6)
[1] Paulo de Tarso, Apóstolo Igreja Apostólica
Betlehem em http://www.betlehem.com.br/#!INCENSO-ADORA%C3%87%C3%83O/c15mr/4DAE698C-8265-413C-B7EC-E1C9505A99C4
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