A gratidão acima das palavras Et. 9.16-26
Introdução:
Observemos o texto
“Após
um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo e ter
conseguido se agarrar a parte dos destroços para poder ficar boiando. Este
único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada, fora de qualquer
rota de navegação, e ele agradeceu novamente.
Com muita dificuldade e restos dos destroços, ele conseguiu montar um
pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva, e animais e,
também para guardar seus poucos pertences, e como sempre agradeceu. Nos dias
seguintes, a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia.
No entanto um dia quando voltava da busca por alimentos, ele encontrou
o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça. Terrivelmente
desesperado ele se revoltou, Gritava chorando: “O pior aconteceu, perdi tudo!
Deus, por que fizeste isso comigo, disse” Chorou tanto, que adormeceu
profundamente cansado.
No dia seguinte bem cedo, foi despertado pelo som de um navio que se
aproximava. “Viemos resgatá-lo”, disseram.
“Como souberam que eu estava aqui?” Perguntou ele.
“Nós vimos o seu sinal de fumaça”! É comum sentirmo-nos desencorajados
e até mesmo desesperados, quando as coisas vão mal. Mas Deus age em nosso benefício
mesmo nos momentos de dor e sofrimento. Lembre-se, Se algum dia o seu único
abrigo estiver em chamas, esse pode ser o sinal e fumaça que fará chegar até
você, A Graça Divina.
Situação parecida aconteceu com povo judeu o Salmo 126. 3, texto base
deste culto em gratidão aos 8 anos da IPR em Pe. Carvalho nos relata a alegria
de um povo que devido seu pecado e desobediência foram feitos cativos por uma
nação que não adorava ao Senhor e que crescia cada vez mais e que agora estava
retornando para casa após 70 anos de exílio em Babilônia.
Mas durante este 70 anos de exílio
percebemos que em vez de alegria uma grande dor inundava o coração deles, pois
mesmo não estando nas mesmas condições que tiveram no Egito de ter que
trabalhar arduamente para construção de um império fazendo tijolos, e apanhando
e sendo tratados como se fossem animais, esta dor se caracterizava-se pelo fato
de não poderem esta em sua terra a qual o Senhor lhes tinha dado como herança e
principalmente por estarem longe do templo do Senhor que havia sido destruído pelos
babilônicos, percebemos isso pela fala de um dos judeus que expressa exatamente
esta tristeza no SALMO 137. 1-6. Junto aos rios
da Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião. Sobre
os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas. Pois lá aqueles
que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os
alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião. Como cantaremos a
canção do Senhor em terra estranha? Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém,
esqueça-se a minha direita da sua destreza. Se me não lembrar de ti,
apegue-se-me a língua ao meu paladar; se não preferir Jerusalém à minha maior
alegria.
E é neste contexto de estrema dor é
que vemos um momento de alívio enviado pelo Senhor Deus a este povo escolhido,
pois quando lemos a história registrada no livro de Ester em que vemos que a
situação poderia piorar, pois este mesmo povo foi ameaçado de serem exterminados
por um comandante chamado Hamã homem de confiança do Assuero o atual rei da
Babilônia.
“Por mais que a situação que enfrentamos possa ser difícil,
precisamos nos lembrar que o Senhor sempre reservar para um tempo de Alívio....”
Muitas são as aflições do justo, mas de todas elas o Senhor o livra. Salmo
34.19
Quando
acompanhamos este momento da história do povo judeu, vemos que até chegar o
momento de poder encher a sua boca alegria e os seus lábios de júbilo tiveram
que passar por uma grande perseguição que nunca imaginariam nem mesmo no Egito
e aí é que vemos o poder da gratidão, pois ela é um dos sentimentos mais nobres
que existe no ser humano, nela se revela todo o reconhecimento de alguma boa
ação que recebemos da parte de alguém, seja do nosso próximo ou do próprio
Deus.
O tema que abordamos hoje trará
exatamente a tônica desta palavra através do estudo da festa de Purim
realizados pelos judeus uma vez por ano pra comemorar o livramento que o Senhor
os deu diante da sentença de morte dada por este maldoso Hamã que era uma
anti-semita que mataria todos os judeus das crianças aos idosos em um só dia em
todo reino persa.
Ele havia
sido nomeado pelo rei Assuero como primeiro ministro do império e que se sentiu
ofendido por Mordecai, que era primo de Ester esposa do rei quando este não
quis se prostra diante dele quando passava, isso desencadeou uma ira em Hamã
que usando de sua autoridade decretou que todos os Judeus fossem mortos sem um
só dia sem direito a defesa.
Ao saber do
decreto a rainha Ester e seu primo Mardocai decretaram um jejum de três dias
junto com oração a Deus, que se seguiu com um jantar preparado entre o rei à
rainha e Hamã, onde ela o denuncia ao rei, que por sua vez emite outro edito
que dava a oportunidade aos judeus de se defenderem dos ataques, e assim no dia
13 de Adar os judeus se mobilizaram e mataram muitos dos seus inimigos. Em 14
de Adar eles descansaram e celebraram.
Eu sou Deus; também de hoje em
diante, eu o sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos;
operando eu, quem impedira? Isaías 43.13
Diante deste
enredo aprendemos algumas lições poderosas para nossas vidas, no que se refere
à atitude de gratidão diante dos grandes livramentos que temos por parte do
Senhor, pois a partir do capítulo 9 do livro de Ester vemos que embora não
apareça o termo gratidão ou a palavra agradecimento, vemos outras formas de
demonstrá-las sem precisar dizê-las e é isso que abordaremos hoje a Gratidão
acima das palavras, Pois muitos até agradecem verbalmente, mas não demonstram na
prática no seu dia-a-dia.
TEMA: A GRATIDÃO ACIMA DAS
PALAVRAS
O senhor não quer que apenas falemos que somos gratos,
mas principalmente que o demonstremos isso em nossas atitudes. Na carta publicada por Mardoqueu ele aponta
algumas atitudes que povo deveria fazer para que pudessem expressar ao Senhor a
sua gratidão pelo grande livramento alcançado, e são nestas atitudes que
percebemos a gratidão acima das palavras que
é demonstra quando:
1-
FESTEJAMOS CADA CONQUISTA QUE ELE NOS CONCEDE (V.17-19):
O texto enfatiza várias vezes
sobre a necessidade de festejar e de comemorar a graça recebida e como deveria
ser comemorada:
o Com banquetes;
o Com alegria e festa;
o Enviando porções uns aos
outros;
o
Dando
presentes aos pobres.
O nosso Deus é um Deus festeiro e que ama comemorar conosco.
a.
A festa
no céu quando o pecador se arrepende do seu pecado Lc. 15.10
10 Assim
vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se
arrepende.
b.
A festa quando o
filho pródigo volta parra casa Lc. 15.22-24;
22 Mas o
pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e
ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; 23 E trazei o bezerro
cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; 24 Porque este meu filho
estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a
alegrar-se.
c.
Haverá
festa quando entramos as bordas do cordeiro Ap 19.6-9;
6 E ouvi
como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como
que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já o Senhor Deus
Todo-Poderoso reina. 7 Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe
glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se
aprontou. 8 E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e
resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. 9 E
disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas
do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
2- QUANDO
CONSIDERAMOS O NOSSO PASSADO E RECONHECEMOS DEUS EM NOSSO
PRESENTE (V.21-22)
Mardoqueu levanta a questão da
mudança que ocorreu com o povo após o livramento de Deus, assim também em nos há
grandes mudanças provocadas quando buscamos a Ele, transformação do nosso passado de morte e em um presente de vida no Senhor. E
considera o passado é nos moldar a essa nova realidade de vida que Ele nos dá.
o
Segundo
as palavras do apostolo Paulo no livro de Filipenses no capítulo 3 ao fazermos
isso podemos chegar a três conclusões:
I.
Percebemos
que tudo que fora conseguido pelos meus próprios meios (carne) é lixo, pois as
verdadeiras conquistas só temos no Senhor. (Fl 3.4-11) observar os versos 7-8;
7 Mas o que para mim era ganho reputei-o perda
por Cristo. 8 E, na verdade, tenho
também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo
Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as
considero como escória, para que possa ganhar a Cristo.
II.
Percebemo-nos
o tamanho da misericórdia do Senhor para com as nossas vidas;
12 Não que já a tenha alcançado, ou que seja
perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por
Cristo Jesus.
III.
Percebo
que não posso viver apegado a ele. Pois Deus sempre terá novas possibilidades
para nós. Fl 3.12-14
13 Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja
alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás
ficam, e avançando para as que estão diante de mim, 14 Prossigo para o alvo,
pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
o
Muitos fazem do seu passado uma muleta, e por
causa disso não consegue dar um passo a frente se não estiver agarrado com ele.
(VER HISTÓRIA DO MEDINGO E O TRAPO).
o
Pra Deus não importa o que você fez ou deixou
de fazer no seu passado, Ele olha que você esta fazendo no seu presente percebemos
isso em Ap.2-5;
Conheço
as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os
maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste
mentirosos. 3 E sofreste, e tens
paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. Tenho, porém, contra
ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e
arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei,
e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.
Viver apegado ao NOSSO passado é prejudicial pelo menos por dois motivos:
o
Quando
sofremos algo de ruim. Isso
desencadeará em nós raízes de amargura, rancor, ódio e frustrações e assim consecutivamente
o medo de tentar outra vez, ou de confiar outra vez.
o Quando realizamos algo de bom. Pode produzir um falso sentimento de dever
cumprido, e assim reduzir a intensidade do serviço ou da dedicação.
Deus
sempre tem nos orientado a refletir sobre o caminho que temos traçado.
Ag.1.5 Ora, pois, assim diz
o SENHOR dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos.
3- QUANDO
GUARDAMOS E NÃO NOS ESQUECEMOS TUDO QUE ELE NOS FEZ (V.28);
Além de compreender
esta mudança que ocorre em nos após termos recebido esta graça de Deus,
Mardoqueu aponta que esta mudança precisa ser guardada dentro de nossso
corações como selo do favor de Deus por nos. Pois uma uns dos maiores reflexos
da falta de gratidão é o esquecimento das obras boas que alguém fizera para
conosco. O povo de Israel fora mortos no deserto por terem a memória curta dos
milagres de Deus, pois isso as murmurações eram constantemente contra o Senhor
duvidando assim do que ele podia fazer para eles, levando a Deus a ira um deste
episódio foi a construção do bezerro de ouro.
7 Então disse o SENHOR a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido, 8
E depressa se tem desviado do caminho que eu lhe tinha ordenado; eles fizeram
para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e ofereceram-lhe
sacrifícios, e disseram: Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do
Egito. 9 Disse mais o SENHOR a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis
que é povo de dura cerviz. 10 Agora, pois, deixa-me, para que o meu
furor se acenda contra ele, e o consuma; e eu farei de ti uma grande nação.
Ex. 31.7-10
Podemos
observar que quando Deus chama Moisés para libertar o povo do Egito em Ex. 3
Ele utiliza a expressão MEU POVO, mas agora devido a
ingratidão deles Ele diz a Moisés SEU POVO, mudança radical que
expressa que quando somos ingratos não fazemos parte do povo de Deus.
Lembra dos
feitos do Senhor nos trás as seguintes conseqüências:
o
Produz
esperança, consolo nos momentos de adversidade.
51 Os
soberbos zombaram grandemente de mim; contudo não me desviei da tua lei. 52
Lembrei-me dos teus juízos antiquíssimos, ó SENHOR, e assim me consolei. 53
Grande indignação se apoderou de mim por causa dos ímpios que abandonam a tua
lei. 54 Os teus estatutos têm sido os meus cânticos na casa da minha
peregrinação. 55 Lembrei-me do teu nome, ó SENHOR, de noite, e observei
a tua lei. 56 Isto fiz eu, porque guardei os teus mandamentos.
Sl 119. 51-55
o
Aumenta
minha fé, a crença na fidelidade do Senhor em suas promessas.
Is 46.8. Lembrai-vos disto, e considerai;
trazei-o à memória, ó prevaricadores. 9 Lembrai-vos das coisas passadas
desde a antigüidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro
semelhante a mim.
Precisamos desenvolver em
nossos corações um depósito de todas as maravilhas, milagres ou atos da graça
de Deus, para que nos momentos de dificuldade possamos utilizá-los como um
remédio que fortalecerá a nossa fé para enfrentamos futuros problemas.
4-
TESTEMUNHAMOS CADA ATO QUE
ELE FAZ EM NOSSAS VIDAS (v.27)
Após o grande livramento o povo deveria testemunhar para seus descentes
tudo aquilo que aconteceu com eles, no verso 27 diz: os judeus concordaram e se comprometeram por
si, sua descendência, e por todos os que haviam de unir-se com eles, a não
deixarem de guardar estes dois dias, conforme o que se escreveras a respeito
deles, e segundo o seu tempo determinado, todos os anos;
Mesma ordem dado por Cristo no livro de Atos cap. 1.8 que é uma
das missões mais importantes relatadas na palavra de Deus que é Testemunhar
: Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de
vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. Atos 1.8
Porém
o que é testemunhar? Testemunhar
é dar testemunho, atestar, confirmar, declarar ter visto ou conhecido;
testificar. Porém esta ordem de Cristo tem finalidades e para entender melhor
sobre este assunto veremos no livro de Josué no capitulo 2 1-24 relato de um
episódio onde demonstra os resultados que o nosso testemunho pode ter quando ao
testemunharmos as obras que o Senhor faz através do Seu povo.
Algumas coisas acontecem quando testemunhamos
as obras realizadas por Deus para seu povo ou através deles como
a)
Temor
nos corações dos perdidos (Js 2.11a);
o
Ex 15.14-16 (Miriã
canta por causa do livramento de Deus dos egípcios 14 Os povos o ouviram, eles estremeceram,
uma dor apoderou-se dos habitantes da Filístia. 15 Então os príncipes de
Edom se pasmaram; dos poderosos dos moabitas apoderou-se um tremor;
derreteram-se todos os habitantes de Canaã.16 Espanto e pavor caiu sobre
eles; pela grandeza do teu braço emudeceram como pedra; até que o teu povo
houvesse passado, ó SENHOR, até que passasse este
o
(Episódio
Gibionitas Js 9.24-25) 24 Então
responderam a Josué, e disseram: Porquanto com certeza foi anunciado aos teus
servos que o SENHOR teu Deus ordenou a Moisés, seu servo, que a vós daria toda
esta terra, e destruiria todos os moradores da terra diante de vós, tememos
muito por nossas vidas por causa de vós; por isso fizemos assim. 25 E
eis que agora estamos na tua mão; faze-nos aquilo que te pareça bom e reto.
b)
Reconhecimento da Soberania de Deus em todos os
lugares (Js 2.11b);
o
(Termino da construção
dos muros por Neemias) Ne 6.15, 16; 15 Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de Elul; em
cinqüenta e dois dias.16 E sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos
inimigos, todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito
a seus próprios olhos; porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta
obra.
c)
Atrai os
necessitados, acontecem conversões (Js 2.12,13)
o
O discurso de
Pedro Atos 2.37 E, ouvindo eles isto,
compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos:
Que faremos, homens irmãos?
Conclusão:
Assim como em diversas áreas
de nossas vidas podemos perceber que somos muito bons na fala, nas promessas
assim como muitos de nossos políticos, mas na ora de demonstrar de forma
prática o que expressamos verbalmente nos complicamos.
Aprender com esta história sobre
como demonstrar gratidão acima das palavras é de crucial importância, pois se a
fé é a prática daquilo que ouvimos, imagina daquilo que presenciamos?
Se hoje você ainda não agradeceu a
Deus pelas obras Dele em sua vida agora é o momento, mas não penas com palavras
da boca pra fora, mas com atos de amor fraternal e de intimidade com Ele. Pois
o Senhor espera ver em nos o que falamos com a nossa boca.