Introdução
A
bíblia no livro de Gálatas capítulo 5.16-17 diz: “Digo,
porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a
carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um
ao outro, para que não façais o que quereis”. Esses versos nos ensinam que
estamos em uma guerra travada e freqüente entre as nossas vontades, paixões,
desejos, ambições e vários outros sentimentos que fazem parte do conjunto das
obras da carne contra o Espírito Santo que habita em nós.
Estas
guerras na maioria das vezes se desenvolvem no campo das tentações, que de
alguma forma mora dentro de nós e que é em alguns casos o medidor que
precisamos para saber o nível de temor, amor e respeito ao Senhor que temos.
As
tentações ao agir como o termômetro do temor de Deus em nossas vidas nos revela
o nível de comprometimento que estamos tendo com santidade de Deus, pois ao
vencê-las ou fugir delas, mostra que estamos no caminho certo em direção a
vontade do pai, mesmo que isso implique em perseguições e muitas outras lutas
vejamos o caso de José que ao fugir da esposa de Potifar teve como
conseqüência, calúnia, difamação e prisão.
Porém
ao ceder a elas isso acaba nos revelando que estamos nos distanciando do foco,
perdendo a graça, e assinando um atestado de óbito espiritual, estaremos
caminhando para morte.
Transição
No
texto que lemos vemos a narração de uma grande vitória dos inimigos do povo de
Deus, Israel, povo este que neste tempo estava sem rei e que seu governo estava
nas mãos dos sacerdotes de Deus, homens responsáveis não apenas pelo culto e
sacrifícios ao Senhor (pastores da época),
mas também de serem profetas, (porta
vozes do Senhor, mensageiros do Deus a nação).
A
junção de duas grandes responsabilidades que exigia um nível elevadíssimo de
santificação, comprometimento, respeito e muito, mas muito temor ao Senhor.
Pois eles eram o canal que fruía a comunicação do povo a Deus e de Deus ao
povo.
E
na função sacerdotal neste momento se destaca três figuras, sendo a primeira do
profeta Eli, sacerdote já idoso, já chegando ao fim de seu ministério (ISm 2.22)
a segunda figura as dos filhos dele aqueles que iriam continuar a função
sacerdotal do pai, o canal da comunicação entre Deus e o homem, porém os versos
de 22 a 25 do livro de 1Samuel no capítulo 2 nos diz que o termômetro da
tentação estava em alta temperatura, pois eles não tinha nenhum temor ao Senhor,
pois estavam iludidos e totalmente envolvidos em uma vida de pecados que os
faziam desprezíveis diante de Deus.
A
lista de pecados vai deste a prostituição dentro da tenda da congregação um
lugar sagrada onde Deus manifestava sua glória e se revelava ao povo (1Sm 2.22)
até a transgressão do povo a Deus (1Sm 2.24), como também descaso da voz do pai
e da voz de Deus, onde levou O Senhor querer matá-los (1Sm 2.23-25).
A
terceira figura é a de Samuel jovem este que havia sido consagrado ao senhor e
que o texto registra que estava crescendo tanto na estatura quanto no favor do
Senhor.
Três
situações antagônicas e que demonstra claramente o processo de queda e de cura
que Deus faz em seu povo, mas hoje falaremos apenas de duas que será um exemplo
para nós para que possamos cuidar melhor das responsabilidades que o Senhor
coloca em nossas mãos e não cairmos diante dos “Filisteus”.
Eli
simboliza aqueles Cristãos mais velhos de igreja, que muitas vezes em vez de todo
este tempo ser benção trazendo conhecimento de Deus, intimidade com o pai, e de
experiência com Senhor acaba se refletindo em perca da visão de Deus,
autoridade espiritual e firmeza de propósito, isso reflete no que o autor do
livro de Hebreus nos diz sobre o tempo de conversão de alguns judeus Está escrito,… DE QUEM TEMOS MUITAS COISAS
QUE DIZER de difícil interpretação; porquanto vos fizestes negligentes PARA
OUVIR. PARA QUANDO O TEMPO devíeis SER MESTRES, precisais QUE SE VOS
TORNE A ENSINAR QUAIS SEJAM OS PRIMEIROS rudimentos DAS PALAVRAS DE DEUS;
E TORNANDO-SE TAIS QUE necessitais DE LEITE E NÃO DE sólido mantimento. PORQUE
QUALQUER QUE AINDA SE ALIMENTA DE LEITE NÃO ESTÁ experimentado NA PALAVRA DA
JUSTIÇA, PORQUE É MENINO. MAS O mantimento sólido É PARA OS PERFEITOS , OS QUAIS, EM RAZÃO DO COSTUME, têm
os sentidos exercitados para discernir TANTO O BEM COMO O MAL- (Hb 5:11-14).
O
segundo caso bem mais dramático é dos filhos, pois estes como já dissemos perderam
a sensibilidade para com o ministério que o Senhor os dera e principalmente o temor
para com o Deus.
A guerra travada entre Israel e os
Filisteus nos leva traçar uma linha sobre as conseqüências entre os benefícios
do temor do Senhor e os malefícios quando a falta dele.
1. O temor nos leva a está em alerta quanto aos
riscos das guerras espiritual, enquanto a falta dele nos deixa autoconfiantes e
vulneráveis ao inimigo (1Sm 4.5-9).
Observamos nestes versos a postura de festa dos Israelitas com a chegada da arca da aliança, pois esta era uma caixa que continha as tábuas da Lei de Deus, a base do relacionamento de aliança entre Israel e Deus. Os anciões usavam arca como lembrança da presença de Deus entre eles e para inspirar coragem para as batalhas. Porém não adiantou estar com a arca se o relacionamento com Deus estava quebrado devido o pecado dos sacerdotes e a perversão do povo. Isso levou o povo a uma excessiva confiança no objeto e não no Deus que o objeto simbolizava.
Do outro lado os Filisteus
embora não tivesse a compreensão de Deus da maneira correta sua observação a
respeito do temor pelo Deus de Israel era bem maior do que a do próprio Israel
vê isso quando eles dizem “Ai de nós! quem nos livrará da mão
destes grandes deuses?”
a) A autoconfiança em relação a nossa vida espiritual nunca em hipótese
nenhuma é saudável para o Cristão, pois têm alguns efeitos totalmente nocivos a
fé, que são:
ü
Ela nos leva a orar menos.
“A oração não é para que
Deus saiba o que você esta precisando, mas para que você entenda sua
dependência Dele em toda sua vida.”
ü
Ela nos leva a uma vida de
independência do Senhor.
Ver o exemplo do Filho pródigo registrado no evangelho de Lucas 15 a
partir do verso 11.
i. Sansão brincou com a unção que o Senhor
lhe dera, e num único vascilo perdoa até a vida para os Filisteus e Dalila,
ii. Ver caso do Anderson silva Lutador de MMA na sua luta contra Chris
Weidman
ü Ela nos leva a falta de
vigilância e pecado
b) O temor a
Deus fez com que os Filisteus ficasse em estado de alerta diante do que estava
por vim. (v.7).
...os filisteus se atemorizaram; e diziam: Os deuses vieram ao
arraial. Diziam mais: Ai de nós! porque nunca antes sucedeu tal coisa...
ü O estado de alerta produz prevenção;
2. O temor a Deus nos motiva a enfrentar as batalha sem medo, enquanto a falta dele nos leva a vergonha e frustração (1Sm 4.9-10).
9 Esforçai-vos, e portai-vos varonilmente, ó filisteus, para que porventura não venhais a ser escravos dos hebreus, como eles o foram vossos; portai-vos varonilmente e pelejai. 10 Então pelejaram os filisteus, e Israel foi derrotado, fugindo cada um para a sua tenda; e houve mui grande matança, pois caíram de Israel trinta mil homens de infantaria.
a)
O Grande contraste é que ao perceber a
presença da arca os filisteus por medo aumentaram a intensidade do combate.
“Quem não teme a Deus em sua vida, acaba temendo os
problemas da vida”.
“A presença de Deus na peleja sempre é motivadora, a nos
quando estamos em comunhão com Ele, ou a nossos inimigos quando estamos longe
Dele”.
3. O temor a Deus nos leva a conquista enquanto a falta dele nos leva a
grandes percas principalmente da presença de Deus gerando morte (1Sm 4.11).
ü Não existe empreendimento para o cristão que possa dar certo quando
estamos em desacordo com os princípios de Deus.
ü Israel perdeu cerca de 30.000 homens de batalha devido à desobediência
de dois dos líderes.
ü Hofni e Finéias perderam a vida e Israel perdeu uma das suas piores
batalhas por perderem o temor a Deus.
Conclusão
O sábio
Salomão já dizia o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, desse assunto
ele entedia e tinha propriedade e dizer isso, em tempos de insensibilidade
espiritual onde as pessoas não dão mais ouvidos a palavra de Deus e seus
alertas freqüentes a igreja precisa se despertar, para serem profetas de Deus
não comprometidos com o mundo e nem com as coisas que nele esta, mas sim
comprometidos com o Senhor, pois uma vez assim seremos imbatíveis.